Maria: A testemunha mais elevada da Esperança!
Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel, porque Deus está conosco (Is 7, 14).
Na alegria do ano santo, a Igreja celebra a solenidade da Anunciação do Senhor, contemplando os momentos da nossa história de salvação! Sem dúvidas, o gesto de celebrar, contemplar e festejar tem um caráter diferente na vida de fé. É momento de alegria! É momento de esperança! E também é momento de fazer memória! Mas fazer memória do quê? O que representa a anunciação do Senhor? Qual o seu significado para nós hoje?
Nesse dia, fazemos memória do relato da visita do Arcanjo Gabriel a uma virgem chamada Maria. Conforme a narrativa bíblica segundo Lucas (Lc 1, 26-38), o anjo foi enviado por Deus para anunciar a vinda de um Menino que mudaria vida dessa jovem. A criança que deveria ser gerada por Maria era o Filho de Deus, o Filho do Altíssimo! Mas somente com uma condição: o seu pleno consentimento para colaborar com a grande missão. A pequena jovem de Nazaré é surpreendida com essa mensagem tão impactante, causando-lhe forte perturbação de início. Mas sem hesitar, ela responde ao apelo do Senhor e coloca-se a serviço.
O anúncio do anjo não consiste apenas na alegria de receber o Deus vivo, mas em um grande sinal de esperança! Havia profecias a respeito da criança cujo nome era Jesus. Ele era esperado entre todos os povos, tribos e nações. Sua chegada traz boas e novas expectativas para o mundo: a esperança de um mundo melhor. Como se observa no texto sagrado, Maria é, para todos nós, essa mulher que conservou a esperança da vinda do Salvador no seu coração e, com a visita do anjo, a promessa se cumpre. Como o próprio papa chamou-a na Bula de Proclamação do Jubileu de 2025, ela é a testemunha mais elevada da esperança! Logo, é sinal de confiança no amor e na misericórdia divina; sinal de espera e confiança nos planos salvíficos.
O exemplo de Maria Santíssima é magnífico e deve provocar cada um de nós! Além de demonstrar sua fidelidade ao Senhor, ela também é capaz de testemunhá-lo ao colocar-se a caminho da casa de sua prima Isabel, que precisava de sua ajuda. Mas e nós, povo de Deus, como temos colocado nossa esperança no Salvador? Ou melhor, como testemunhamos essa esperança? É possível encontrar em nossos gestos cotidianos a presença de Cristo? Buscamos ser sinal do amor de Deus?
O papa Francisco chama-nos a atenção neste ano a respeito de sinais de esperança que podemos oferecer à humanidade. Para vivermos cada vez melhor o Jubileu de 2025, precisamos escutar com carinho o apelo do papa e buscar meios para que possamos promover, de fato, a esperança. O santo padre convida-nos olhar com acolhimento para os presos, doentes, jovens, migrantes, idosos e pobres, e ser para cada um destes testemunhas da presença de Cristo Jesus. De outro modo, também realiza a sua súplica clamando a paz no mundo, tendo em vista as últimas guerras. Um outro pedido é a abertura à vida. Ao perceber a queda da natalidade, o papa reforça a orientação da Igreja.
Portanto, que a celebração da Anunciação do Senhor possa renovar nossas esperanças e fortalecer cada um de nós para vivermos bem este ano jubilar. Que a Senhora da Saúde nos ajude a sermos verdadeiros sinais do Deus vivo, promovendo a paz e recobrando a alegria de viver a alegria do evangelho!

Seminarista Alan Lucas da Silva