A força e feminilidade da mulher católica

Toda mulher tem impressa, em seu ser, a feminilidade, característica própria do gênero, que constrói a sua pessoa. A maternidade está no centro da identidade feminina, que conduz a mulher a ter atitudes de cuidado, bondade, amabilidade, doçura, coragem e tantas outras características. Não falo somente de maternidade biológica, até porque eu desprezaria a fecundidade de tantas jovens mulheres que vivem uma vida consagrada em conventos. 


O desejo de cuidar do outro, de educar, formar, amar é natural em nós, não que não seja no homem, mas na mulher é mais aguçado. Quando crianças, brincamos de bonecas, enquanto os meninos brincam de carrinho. É uma tendência natural de a mulher colocar-se à disposição do outro. Isso fala muito da criação da mulher.


Deus criou a mulher para que ela fosse uma auxiliadora do homem.  A palavra “auxiliar”, que vem do hebraico, tem seu real significado: socorro de Deus. Podemos dizer, então, que o que Deus pretendia era fazer um “socorro Dele” para o homem. Deus confiou a nós, mulheres, a missão de socorrer o homem, independentemente de qual seja a sua necessidade: física, psicológica, profissional etc.


Deus, que é o autor da beleza, sonhou, pensou e criou cada mulher com uma beleza exclusiva para ser revelada. Você é chamada a levar alegria ao coração das pessoas, e, por isso, você precisa assumir que é bela. Corremos o risco de acreditar que a nossa beleza não é verdadeira, porque estamos presas ao padrão midiático. Mas você não deve se comparar com nenhuma outra mulher porque Deus a fez bela e de uma forma única.


A Palavra de Deus confirma: "Mulheres (...) o vosso adorno não consista em coisas externas, tais como cabelos trançados, joias de ouro, vestidos luxuosos, mas na personalidade que se esconde no vosso coração, marcada pela estabilidade de um espírito suave e sereno, coisa preciosa diante de Deus" (1Pd 3,34). Ou seja, não são as coisas exteriores que fazem você linda, mas é a sua personalidade, o seu ser.


Por outro lado, a beleza interior, que se torna reflexo na exterior, é a beleza narrada pela primeira carta de São Pedro. Ela vem de uma intimidade profunda com Deus: quanto mais a mulher permanece diante de Deus, mais bela ela se torna. Por quê? Porque a luz e o amor que saem de Deus transformam todo o seu ser, a sua alma, a sua mente, o seu coração e o seu corpo em um espelho de sua própria beleza. Ela se torna reflexo de Deus: "São muitas as mulheres de valor, mas tu ultrapassaste a todas! O encanto é enganador e a beleza, passageira; a mulher que teme o Senhor, essa, sim, merece elogios!" (Pr 31,29-30).


Entendendo a criação e o nosso papel. Vemos o quanto Deus nos fez fortes. Que possamos voltar nosso olhar para Maria, ela que é modelo a ser seguido, ela que soube corresponder ao projeto de Deus em sua vida.


Um feliz e abençoado Dia das Mulheres para todas nós!

 

 

 

 

 

 

 

 


Thais de Miranda Reis Oliveira
Grupo de Oração Rainha da Paz